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Chega ao fim a greve das terceirizadas da Petrobras na Ilha do Governador

Foram 14 dias de greve que unificou a luta de cerca de 200 trabalhadores das empresas terceirizadas que atuam no Terminal Aquaviário da Petrobrás na Ilha do Governador. Um movimento histórico pelo espírito de unidade, que reuniu metalúrgicos e petroleiros na luta por melhores salários e mais direitos. Foram duas semanas de muita mobilização e resistência, com assembleias diárias. 

A greve terminou com uma assembleia dos trabalhadores, após ocorrer uma audiência na justiça, já que o Tribunal deixou claro que se não houvesse acordo julgaria a ilegalidade da greve. O objetivo central era conquistar um acordo coletivo mais justo, para todos os trabalhadores do Terminal, já que há uma defasagem nos salários dos metalúrgicos entre as empresas terceirizadas e os terminais de Duque de Caxias e Angra dos Reis, que superam mais de 100% do salário em determinadas profissões.  

Apesar de não ter conquistado o acordo coletivo desejado, a greve termina com avanços para os trabalhadores, que conquistaram o reajuste de 10%, sendo 7% de antecipação, mais 3% de aumento real em março, e mais 3% em maio. Esses percentuais serão aplicados na Propav e na Mipe. Também teve a PLR de R$ 1.212,00 (primeira parcela em abril e a segunda em setembro). Também teve a conquista do ticket de natal, sendo de R$ 600 na Propav e R$ 550 na Mipe. Foi garantido também o não desconto dos dias parados. Na Propav, na greve de 24 dias, já havia sido conquistado o cartão alimentação de R$ 600 e o plano de saúde para os familiares. 

A greve foi um importante aprendizado para a categoria. Foi o primeiro passo de um grande movimento, que continuará. O Sindicato esteve presente todos os dias. Os diretores João Miolo, Bento e Roberto acompanharam diariamente a greve, além dos diretores Alexandre, Gildásio e da base da Rassini, onde também esteve o ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, Maurício Ramos. Nem mesmo o interdito proibitório que obrigava o Sindicato a se afastar da porta das empresas arrefeceu a mobilização e os trabalhadores passaram a se reunir na praia da Freguesia. O movimento contou com o apoio do Sindicato dos petroleiros, através do companheiro Nascimento, e do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Duque de Caxias, Mazinho, que esteve presente em diversas assembleias. 

“A luta agora continua. Em agosto será apresentada a pauta da campanha salarial para conquistar o acordo coletivo para o terminal. Mais uma vez, o Sindicato estará mobilizando os metalúrgicos para a luta por melhores salários e mais direitos”, afirma o diretor João Miolo. 

Acordos em separados 

Empresa Vos
Aumento de salário de 15% de aumento real
Cesta básica de natal
PLR de R$ 1.500,00
Cartão alimentação de R$ 240
Os dias parados não serão descontados

Empresa i7 Engenharia
Aumento real de 10%
Cesta de natal de R$ 600
PLR de R$ 1.500,00
Vale refeição de R$ 600
Plano de saúde extensivo às famílias sem coparticipação
Os dias parados não serão descontados

As empresas que não fizeram o acordo deverão cumprir a determinação judicial nos moldes da Mipe.

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Sindimetal-Rio

Sindicato classista e de luta

Fundado em 1º de maio de 1917.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, fundado em 1º de maio de 1917, continua sendo o principal instrumento de luta e de atuação da categoria. Tem uma rica história em prol do Brasil, da democracia e em defesa dos trabalhadores. O Sindicato, consciente do seu papel, segue firme, buscando sempre a valorização do trabalhador e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a sociedade socialista.

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