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Por que o país está demitindo tanto?

Em setembro, país demitiu mais que contratou, reduzindo mais de 95 mil postos de trabalhos. Para presidente da Fitmetal, além da alegada crise, empresas estão demitindo “preventivamente”.

Pelo sexto mês seguido, o país demitiu mais do que contratou. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado no dia 23 de outubro pelo Ministério do Trabalho, a economia brasileira fechou 95.602 vagas formais de emprego em setembro. O resultado é considerado o pior para o mês desde 1992, quando começou a série histórica.

Os setores da economia que mais demitiram em setembro foram o de serviços e da construção civil. Em terceiro lugar, o comércio. No acumulado em 12 meses, a indústria de transformação lidera as demissões, com o fechamento de 515.516 postos.

“A Fitmetal sempre insistiu na retomada, à médio e longo prazo da industrialização do Brasil, até porque não teve nenhum país que teve processo de crescimento estável sem ter uma indústria forte”, analisa Marcelino Rocha, presidente da Fitmetal. “Então, o processo de desindustrialização que o país enfrenta, há mais de 30 anos, também tem consequência nessa crise e no crescente desemprego”.

Além disso, Marcelino salienta outros três pontos que podem explicar as crescentes demissões na indústria: crise internacional, ausência de relação social das empresas com os trabalhadores e “demissão preventiva”. “O setor industrial nunca teve uma política de relação social em razão da grande liberdade de rotação de mão de obra que pratica. Ou seja: não tem pudor algum em demitir funcionários para recontratar a preços mais baixos, precarizando o trabalho. Além disso, esse alto número de demissões no país, é reflexo de um oportunismo de algumas grandes empresas, que estão praticando ‘demissões preventivas’, o que é um absurdo. Além, é claro, da crise internacional, que indubitavelmente afetou o Brasil” afirma.

Ainda segundo o Caged, a retração no número de empregos formais em setembro fez o número de trabalhadores com carteira assinada recuar. Em setembro de 2014, havia 41,78 milhões de pessoas com emprego formal no país. O total caiu para 41,09 milhões em setembro deste ano.

Sindimetal-Rio

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Fundado em 1º de maio de 1917.

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