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Sindimetal-Rio: 103 anos de solidariedade com os trabalhadores

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No dia que completou 103 anos, o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro comemorou seu aniversário de uma forma diferente. Por conta do isolamento social e proibição de atividades públicas, o Sindimetal-Rio realizou uma campanha de solidariedade, que arrecadou alimentos e materiais de higiene.

As doações foram  entregues nesta sexta-feira, Dia Internacional do Trabalhador, para famílias das comunidades locais (Mangueira e Tuiuti) e trabalhadores que estão em dificuldades por conta da pandemia e do alto desemprego no país.

O presidente do Sindimetal-Rio, Jesus Cardoso, agradeceu aos metalúrgicos que doaram os alimentos que foram repassados aos trabalhadores: “Neste Dia internacional do Trabalhador e aniversário do Sindicato estamos neste momento de solidariedade, em um momento peculiar por conta da pandemia, com trabalhadores desempregados e perdendo vidas. Infelizmente, temos um governo que não preza pelo trabalhador. Por isso, é importante esse momento de para, quem sabe, possamos nos próximos meses sair dessa situação”.

Também esteve presente o presidente da CTB-RJ, Paulo Farias, que parabenizou o Sindicato pelo seu aniversário e pela campanha de solidariedade. “Neste ano não estamos nas ruas por conta da pandemia, mas estamos nas redes sociais unidos para enfrentar esse momento. Parabéns aos metalúrgicos, estamos no caminho certo na defesa da democracia, pela retomada do emprego e do desenvolvimento”.

Desemprego e economia nacional

O quadro piora quando observamos que a economia nacional já estava mergulhada na estagnação antes da pandemia, após a severa recessão de 2015/16. As últimas estatísticas do IBGE indicavam a existência de mais de 12 milhões de desempregados diretos, acrescidos de cerca de 5 milhões no desalento e quase 40 milhões de informais. Estudo da FGV sugere que a taxa de desemprego vai dobrar no auge da recessão, chegando a inéditos 25% da PEA.

Para o movimento sindical, impõe-se a defesa dos direitos e interesses da classe trabalhadora e do povo, destacando-se as conquistas consagradas em acordos e convenções coletivas, que estão sendo alvo neste momento de uma brutal ofensiva patronal com irrestrito respaldo do governo. Estima-se em mais de 5 milhões o número de acordos individuais com corte de salários impostos pelo patronato.

É fundamental proteger o emprego e os salários, prorrogar o prazo do seguro-desemprego, garantir acesso amplo e irrestrito à renda mínima para trabalhadoras e trabalhadores informais e desempregados, auxílio doença emergencial para trabalhadores aposentados em situação de risco.

Recuperação da economia

Garantir emprego e renda da classe trabalhadora, além de um imperativo de justiça social, também é a forma mais eficaz de proteger o mercado interno e viabilizar uma recuperação mais rápida e saudável da economia nacional.

É preciso maior atenção para a vida, saúde e segurança dos agricultores familiares, cujo trabalho produz 70% dos alimentos consumidos por nossa sociedade e deve ser valorizado; é essencial preservar a soberania alimentar para garantir o abastecimento.

É essencial assegurar as medidas de segurança, prevenção e proteção às categorias que, executando atividades essenciais, estão excluídas do isolamento. A proteção dos profissionais da saúde, que estão na linha de frente da guerra contra o coronavírus, arriscando as próprias vidas, requer cuidados especiais que em geral não estão sendo devidamente observados pelas autoridades federais, estaduais e municipais, o que constitui uma negligência inaceitável.

A resistência do governo Bolsonaro e em particular do Ministério da Fazenda neste sentido é um dos principais obstáculos a vencer na luta em defesa da vida, da saúde, do emprego, da renda e da própria economia nacional. Recentemente, Paulo Guedes reiterou a defesa da política fiscal restritiva que impede a recuperação da economia, cuja irracionalidade tornou-se óbvia com o advento da crise sanitária.

O Palácio do Planalto continua apegado ao propósito de aproveitar a crise para aprofundar o retrocesso e o desmonte do Direito do Trabalho. Sofreu um revés com o fim da vigência da MP 905, que criou o contrato verde e amarelo, mas mantém a MP 936, em análise do Congresso, um golpe mortal nos direitos trabalhistas e na organização sindical.

É necessário trabalhar em unidade pela concretização das propostas defendidas pelas centrais e apresentadas a inúmeras autoridades. Impõe-se a revogação da EC 95, que congelou os gastos públicos; o fortalecimento do nosso Sistema Único de Saúde, o SUS.

Também cobra urgência a ampliação de medidas de proteção às pequenas e médias empresas nas cidades e os agricultores familiares no campo; preservar os acordos e convenções coletivas, combater a individualização das negociações trabalhistas e assegurar os poderes e atribuições dos sindicatos; solidariedade e proteção para todos os estados e municípios, sem discriminação ideológica e política.

Com informações da CTB

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Sindimetal-Rio

Sindicato classista e de luta

Fundado em 1º de maio de 1917.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, fundado em 1º de maio de 1917, continua sendo o principal instrumento de luta e de atuação da categoria. Tem uma rica história em prol do Brasil, da democracia e em defesa dos trabalhadores. O Sindicato, consciente do seu papel, segue firme, buscando sempre a valorização do trabalhador e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a sociedade socialista.

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