Em Brasília, Sindimetal-Rio defende retomada de Angra 3 e o fim da interinidade na diretoria da Nuclep

A semana foi de marcar presença em Brasília para cobrar do governo federal a imediata retomada de Angra 3 e o fim da interinidade na diretoria da Nuclep.

Atualmente, o presidente e o diretor administrativo da Nuclep exercem cargos interinos, situação prejudicial para a empresa, que se agravou com a acumulação da presidência e da diretoria administrativa pelo diretor industrial, oficial da Marinha, o que concentra poder decisório em uma única pessoa, de origem militar.

Em Brasília, o Sindicato buscou na Casa Civil e no Palácio do Planalto uma reunião para apresentar essas preocupações e reiterar a necessidade de nomeações definitivas para a diretoria da Nuclep. Apesar dos esforços, a direção do Sindicato não conseguiu ser recebida.

Além disso, participamos de uma audiência pública para defender a retomada do Programa Nuclear brasileiro e, consequentemente, das obras de Angra 3. Acreditamos que a paralisação desses projetos ameaça a viabilidade da Nuclep e da Eletronuclear.

O Sindicato também esteve no Ministério da Ciência e Tecnologia para discutir a participação da Nuclep no desenvolvimento de mini-reatores nucleares, projetados e fabricados por empresas privadas. Esses reatores, que se destinam a fornecer energia para áreas remotas e, principalmente, para datacenters de inteligência artificial, representam um mercado estratégico. Foi solicitado ao ministério que interceda para garantir a participação da Nuclep nesse mercado.

O Sindicato se reuniu com a assessoria do ministério, já que a ministra está em viagem oficial junto com o presidente Lula. O objetivo também é reunir uma bancada parlamentar do Rio de Janeiro para discutir o programa nuclear brasileiro e dialogar com a Finep, que financia esses projetos. A partir dessa reunião, seria possível uma abordagem conjunta, para tratar de todas essas questões.

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