Nosso amigo Gilson Tomaz de Aquino, velho camarada, teve uma vida dedicada à causa da luta operária.
Camarada Gilson, a categoria metalúrgica chora sua passagem, mas fica uma lição de vida.
É a história de um guerreiro, de um ativista sindical incansável que lutou a vida inteira. A classe operária, vítima das injustiças e da opressão do sistema capitalista, terá sempre como você como farol para iluminar nossos caminhos de lutas os discursos políticos, organizativos e a prática sindical de Gilson chamando-a se rebelar sem perder a ternura para o constante embate.
Um cidadão negro e favelado consciente do seu papel na transformação da sociedade que apesar das adversidades nunca desistiu da luta, e como ele mesmo dizia: envergo, mas não quebro.
Para todos, foi um exemplo de resistência, uma liderança sempre à frente do seu tempo. Viverás para sempre junto a nós. Sua revolta, diante a uma injustiça praticada e a sua coragem de enfrentar os praticantes dela, é marca inconfundível que somente os guerreiros possuem e estará para sempre gravada feito tatuagem na história da categoria metalúrgica e em seus corações e mentes.
A sua mensagem sempre foi: “Jamais, jamais deixem de lutar e sonhar”. A nossa bandeira é pela defesa intransigente da igualdade, da justiça e da liberdade.
Gilson nos deixou em 08 de Julho de 2023, aos 84 anos. Trabalhou nas empresas Faet, GE, White Martins e outras. Organizou os demitidos FNM, nos anos de 1980, criando uma cooperativa. Atuou no movimento comunitário e ajudou a fundar algumas associações de moradores. Foi um dos fundadores do PT no estado.
Começou sua militância política e sindical no final dos anos de 1960, quando organizou greves e criou comissões de fábricas. Combateu a ditadura militar. Incentivou eleições de Cipas, participou de eleições para renovação das diretorias do Sindimetal nos anos de 1970 e 1980, como candidato a diretor.
Sócio histórico do Grêmio dos Aposentados Metalúrgicos, um leitor voraz, estava escrevendo um livro sobre a luta operária e sempre incentivou a leitura para a classe operária.
Quando falávamos de algum falecimento, Gilson nos corrigia dizendo: “qual é mané, o camarada não morreu, ele foi dar um rolé”. Então dizemos, Gilson foi dar um rolé, a saudade não perdeu tempo já veio conosco morar.
Esta homenagem é o reconhecimento da importante contribuição que o camarada Gilson deu para engrandecimento do Grêmio dos Aposentados, que foi aprovada por unanimidade dos presentes em reunião realizada em 11 de agosto de 2023.
Grêmio dos Aposentados Metalúrgicos