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Sindicato questiona encomendas da Petrobrás a estaleiro na China

A Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) e o Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro estimam que mais da metade dos postos de trabalho do Estaleiro Inhaúma (RJ) deve ser cortada após decisão da Petrobrás de enviar plataformas à China para serviços. "A notícia supera o desagradável. Esperávamos 5 mil postos de trabalho no auge das operações. Agora, não vejo perspectiva de mais de 2 mil postos", disse o presidente da CTB no Rio, Mauricio Ramos.

Três embarcações (P-75, P-76 e P-77), com contratos no Inhaúma para conversão de navio em plataforma, iniciarão parte dos trabalhos no estaleiro Cosco, em Dalian, na China, como mostrou reportagem do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

O objetivo é não atrasar o cronograma, já que parte do estaleiro não está pronta para receber as plataformas. Serviços intensivos em mão de obra, como parte da troca de casco, serão feitos no exterior. "Será feita na China a parte que mais mobiliza mão de obra, a que mais geraria postos de trabalho no Brasil", lamenta o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos no Rio, Alex Santos.

Apenas a P-74 fará a conversão integralmente no Inhaúma. O contrato com a Petrobrás já previa a conclusão de uma parcela no exterior (até 35%). A Petrobrás diz que a maior parte dos serviços será executada nos estaleiros nacionais e que os serviços do Cosco representam uma fatia pequena do valor total dos contratos. A petroleira reitera que não haverá descumprimento de contrato ou de índice de conteúdo local.

No limite. O Estaleiro Enseada do Paraguaçu (EEP), que opera o Inhaúma, informa que as atividades de pré-conversão na China estão dentro do limite de conteúdo internacional estipulado em contrato e reafirma intenção de contratar 5 mil trabalhadores no pico das obras. "O número de empregos previsto para o pico das obras, estimado em 5 mil postos, permanece inalterado. Hoje, o Estaleiro Inhaúma continua em processo crescente de contratação", disse, em nota.

Em relatório sobre o assunto, o Itaú informa que são cada vez maiores os riscos com conteúdo local, já que a produção futura da Petrobrás depende de equipamentos nacionais. Os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes analisam que, para cumprir uma agenda política, a Petrobrás é obrigada a contratar sondas e plataformas em estaleiros locais, mesmo que estejam em suas fases iniciais de construção. "A empresa está portanto tentando o que pode para reduzir o fardo", disseram, sobre a transferência de serviços ao exterior. / S.V.

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