O Sindimetal-Rio realizou, no dia 29 de abril, o Seminário sobre a saúde e a segurança no trabalho. A data fez referência ao 28 de abril, dia mundial em memória às vítimas de acidentes de trabalho e dia mundial de segurança e saúde no trabalho. Participaram do evento, diretores do Sindicato, cipeiros e trabalhadores de base.

O seminário foi aberto pelo diretor da Secretaria de Saúde do Trabalhador e Previdência do Sindicato, Égeson da Silva, que falou da importância da luta dos trabalhadores pelos seus direitos. Também falaram em nome do Sindicato os diretores Raimunda Leone e Jefferson Roberto Carneiro de Macedo.

Para o Sindicato, todo acidente ocorrido dentro de uma empresa é acidente de trabalho e deve ser notificado com uma CAT. A importância da ação do cipeiro também foi destacada, pois é um trabalhador que foi eleito pela categoria para representá-los dentro da empresa.

A primeira mesa de debate foi feita pela advogada do Sindicato, Cristiane Rocha, que fez uma análise das ocorrências registradas no Sindimetal, com destaque para saúde, meio ambiente e segurança no trabalho. Ela alertou que os trabalhadores devem cobrar das empresas a CAT, pois o documento funciona como um registro do acidente de trabalho. Infelizmente, alguns patrões ainda se recusam a passar a CAT para os trabalhadores.

Na parte da tarde, o seminário abordou a necessidade da construção de uma política nacional de saúde e segurança do trabalhador. Com a presença de representantes da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), o debate abordou as principais preocupações com relação à saúde do trabalhador e da trabalhadora, bem como as limitações encontradas para se avançar no tema sem uma política nacional que aborde essa questão tão importante.

O seminário serviu como uma grande ferramenta de formação dos trabalhadores sobre os direitos dos mesmos em questões ligadas à saúde e segurança no trabalho e a necessidade de se pautar melhorias nessa questões juntamente com as demais bandeiras reivindicatórias sindicais.

28 de abril de 1969

Em 28 de abril de 1969, a explosão de uma mina nos Estados Unidos matou 78 trabalhadores. A tragédia marcou a data como o Dia Mundial em Memória às Vítimas de Acidentes do Trabalho. Encampando essa luta, mas com foco na prevenção, a Organização Internacional do Trabalho instituiu, em 2003, o 28 de abril como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.

A cada ano mais de 270 milhões de trabalhadores em todo o mundo (dados da OIT) sofrem acidentes no trabalho.  No Brasil anualmente são registrados cerca de 700 mil acidentes em média, as vítimas são trabalhadores  formais que sofrem  acidentes e doenças durante o exercício de suas atividades, com maior incidência de ferimentos, fraturas e traumatismos de punho e mão, incluindo amputações, queimaduras, corrosões e esmagamento. Estatísticas indicam que o Brasil perde de 2,5% a 4% do PIB a cada ano com o pagamento de benefícios previdenciários e o afastamento dos trabalhadores de suas atividades. O número de óbitos situa-se na faixa de 2,7 a 2,8 mil.