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Marechal Hermes: 100 Anos do Primeiro Bairro Operário do Brasil

 

No dia do trabalhador, o primeiro bairro operário do Brasil, Marechal Hermes (RJ), completa 100 anos de existência. Fundado no dia 1° de maio de 1913, o bairro ainda conserva as suas características principais. Em comemoração à data, a Prefeitura do Rio de Janeiro baixou um decreto que cria a área de proteção do ambiente cultural do bairro.

 

Fundado em 1° de maio de 1913, o bairro de Marechal Hermes foi o primeiro bairro operário planejado do Brasil. Estritamente residencial, com direito a ampla rede de serviços públicos como escolas, hospitais e teatro, o bairro de nasceu como vila proletária, idealizada pelo então presidente da república Marechal Hermes da Fonseca que se encontrava preocupado com a carência de moradias populares. Para fundar a vila, Hermes da Fonseca enfrentou a oposição do congresso e determinou sua construção, destinando para isso uma fortuna para a época:11 mil contos.

 

Com a liberação da verba, coube então, ao tenente Eng. Palmyro Serra Pulcheiro a responsabilidade do desenho e execução da planta. Sua construção previa ruas largas e arborizadas com 1350 edificações, com vários tipos de moradias, escolas profissionalizantes masculinas e femininas, repartições públicas, biblioteca, praças de esportes, hospitais e creches. O historiador Milton Teixeira explica a conjuntura na qual se discutiu a criação do bairro:

 

- Cem anos atrás havia uma crise imobiliária grave no Rio de Janeiro. Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, que era um homem viajado, um militar, viu conjuntos habitacionais na Alemanha, na França, e teve a ideia de criar um bairro operário decente, digno, com todos os equipamentos urbanos necessários a uma vida confortável.

 

Com o término do governo de Hermes em 1914, o projeto que sofrera grande oposição da sociedade e da imprensa, foi abandonado à própria sorte e dos 1350 imóveis previstos apenas 165 foram construídos surgindo assim, agregadas à vila, moradias simples, construídas pelo seu operariado que se tornou conhecida como “Portugal pequeno”, devido à forte presença de imigrantes portugueses.


A ideia era que os primeiros moradores da vila fossem os desabrigados do Morro do Castelo, quando do seu desmonte, o que acabou não ocorrendo. A prioridade foi para os funcionários públicos e apadrinhados.

 

Em 1930, o presidente da república Getúlio Vargas retornou as obras do bairro, depois de uma dura intervenção urbana e política no projeto original. A região cujos sobrados chegavam a ter até 90m², ganhou blocos de apartamentos e teve os nomes das ruas antes referentes a datas significativas do movimento operário, substituídas por nomes de militares.

 

O bairro, hoje, é um dos mais movimentados da Zona Norte, principalmente em seus fins de semana, onde os restaurantes, pastelarias e barracas de lanches funcionam até o fim da madrugada. Possui diversos estabelecimentos de ensino, que atraem moradores de outras localidades. O lazer é conhecido pelo Teatro Armando Gonzaga e suas programações, as feiras de rua, pastelarias e restaurantes. Havia um parque de diversões que estava no bairro desde seus princípios, chamado IV Centenário mas foi desativo e desmontado no ano de 2012. A infra-estrutura de saúde pública conta com o Hospital Carlos Chagas, a Maternidade Alexander Fleming e uma Clínica da Família construída onde outrora ficava o parque de diversões IV Centenário. O bairro ainda conta com um polo da FAETEC (que engloba as Escolas Técnicas Visconde de Mauá e Oscar Tenório) e a 30ª Delegacia de Polícia.

 

A ligação com o Centro da cidade se dá através dos trens urbanos da SuperVia que fazem o trajeto através do ramal parador no tempo de 36 minutos. Há também as linhas de ônibus 261 - Marechal Hermes/Praça XV (via Dom Helder Câmara), 2346 - Valqueire/Castelo (R$ 7,50) e 378 - Marechal Hermes/Castelo (via Avenida Brasil). Para as estações de Metrô, conta-se com as linhas 638 - Marechal Hermes/Praça Saens Pena, 781/782 - Marechal Hermes/Cascadura (via Coelho Neto), 773 e 669 (via PAVUNA) e com 918 - Marechal/Olaria (via Irajá).

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