Os metalúrgicos do Rio de Janeiro, do Grupo 19 (Firjan), aprovaram no dia 17 de julho, em assembleia, a pauta de reivindicações relacionada às cláusulas sociais. Uma nova assembleia acontecerá na segunda quinzena de agosto, quando será apresentada a proposta de índice de aumento salarial.

Segundo o presidente do Sindimetal-Rio, Alex Santos, “vamos apresentar a pauta, mas somente com as cláusulas sociais que vamos reivindicar. Precisamos ganhar um tempo até a segunda quinzena de agosto para termos os números da inflação para definirmos os índices de reajuste”.

Alex também chamou atenção para a categoria fazer uma campanha reunindo um grande número de trabalhadores: Vamos apresentar ao Grupo 19 as nossas cláusulas sociais. Temos que cobrar da Firjan a negociação delas, pois muitas vezes eles desconsideram e acabam centralizando apenas no índice de reajuste. A nossa convenção [Grupo 19] é a mais atrasada, com menos benefícios, em comparação ao setor naval e ao Sindirepa.

Para o secretário-geral, Jorge Gonçalves, a luta nesse ano é diferente, vamos para o embate não só econômico, mas para a disputa de manutenção dos nossos direitos. Existem, pela CNI, as 101 medidas de retirada de direitos dos trabalhadores, na qual uma já está em pauta no congresso, que é a terceirização de qualquer setor da empresa. Querem tirar vários direitos nossos como, por exemplo, a volta do banco de horas. Nenhum direito a menos. Temos que nos mobilizar.

Para o diretor Bira, “é necessário nos tornarmos multiplicadores, convocando cada vez mais trabalhadores para as nossas assembleias para reforçarmos nossa campanha salarial. É de suma importância que a gente asssuma que o Sindicato é uma ferramenta do trabalhador”. Segundo o diretor Roberto, “o Sindicato só existe porque vocês estão aqui, precisamos, agora, aumentar nossa mobilização. Quem vai dizer o tom dessa campanha salarial somos nós. Vamos irradiar a campanha salarial, pois isso só depende de nós”. Já o diretor Severino ressaltou que a pauta de reivindicações é “fruto da discussão dos trabalhadores e do Sindicato”.

A diretora Raimunda Leone ressaltou a importância da abertura da campanha salarial e de “colocar o bloco na rua para conquistarmos o aumento e enfrentar o patronato. Estamos com as nossas bandeiras nas ruas, temos que impulsionar o governo e o congresso nacional para tirar da gaveta a pauta dos trabalhadores, como a redução da jornada de trabalho, sem redução de salário”.

Por último, o dirigente da CTB-RJ, Paulo Farias, afirmou que é necessário multiplicar a discussão aqui nas fábricas. “Queremos convidar os metalúrgicos para a manifestação do dia 6 de agosto, com um grande ato no Rio de Janeiro contra o projeto de terceirização. Vamos até a Firjan para entregar a eles um protesto dos trabalhadores condenando este projeto”.

Ao final, a pauta foi aprovada pelos trabalhadores. Apenas um ponto foi destacado para que a comissão de sistematização da pauta acerte a redação da proposta.