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Audiência entre Sindicato e Eisa termina sem acordo

No dia 24, o Sindimetal-Rio participou da audiência no Ministério Público do Trabalho (MPT) por conta da denúncia da entidade para noticiar as abusivas demissões durante o curso do processo do dissídio do Eisa. Além de cobrar explicação dos descontos dos dias paralisados sem que houvesse julgamento do dissídio.

Na audiência, a procuradora questionou o Eisa sobre as demissões ocorridas. O Estaleiro negou que essas demissões tenham sido retaliações ao movimento grevista, justificando que as mesmas ocorreram em razão de a maioria desses trabalhadores terem participado do que chamou de "Revolta da Linguiça".

O Estaleiro se contradisse ao dizer que da análise do vídeo lançado pelos próprios trabalhadores no "Facebook", retirado no dia 23/07/2013, foi possível identificar os trabalhadores que participaram da manifestação.

O Sindicato não negou a existência da manifestação dentro do refeitório, contudo, expôs os motivos de sua ocorrência, fato omitido pela Empresa. Relatou que os trabalhadores naquele dia, pela manhã, foram surpreendidos com o desconto de 10 dias referente aos oito dias de paralisação e dois de DSR, totalizando 10 dias de desconto, apesar do julgamento do dissídio de greve e da ocorrência de negociação sobre os dias paralisados.

Além deste fato que trouxe grande descontentamento aos trabalhadores, os mesmos já estavam há uma semana comendo a mesma comida de péssima qualidade -  "linguiça crua", que por sinal no dia da manifestação ao menos tinha feijão para comer.

O Sindicato afirmou que, diante desse quadro, os trabalhadores se sentiram tratados como animais e quando questionaram o porquê daquela prática a alguns Diretores que estavam no refeitório, receberam a seguinte resposta: “É isso que vocês merecem comer!”, resposta esta que foi o estopim para a manifestação.

O Sindicato ressaltou, ainda, a contradição da Empresa, pois disse inicialmente que o vídeo por ela apresentado foram imagens retiradas da internet do dia anterior, contudo, as dispensas por justa causa há muito já haviam sido efetivadas por parte da empresa. Sobre a análise do vídeo apresentado, o Sindicato registrou que não é possível identificar os fatos alegados pela empresa.

A representante do MPT advertiu ao Eisa sobre os descontos efetivados antes mesmo do julgamento do dissídio, bem como pelas dispensas ocorridas durante a tramitação do processo. Ato contínuo, indagou sobre a possibilidade de conciliação.

O Sindicato ressaltou os dias em que a Empresa praticou "Lockout", sugerindo a compensação em quatro sábados, vez que os serviços na empresa aos sábados é remunerado com adicional de 100%, sem que houvesse qualquer reflexo nas férias e outras questões legais, o que foi negado pela empresa, a qual apresentou novamente como proposta a compensação dos oito dias.

Sem que houvesse conciliação entre as partes, encerrou-se a audiência, determinado a desembargadora o prosseguimento do dissídio.

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