O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro presta toda solidariedade aos professores em greve. As cenas de violência ocorridas no dia 28 de setembro e nos dias que se seguiram contra esta categoria não se justificam em qualquer situação, muito menos no estado democrático em que vivemos.

A barbárie é agravada pela completa ilegalidade da ação, já que a desocupação violenta da Câmara Municipal foi realizada após as 18h, sem um mandado ou o mínimo amparo legal e em pleno final de semana.

É justa a luta dos professores por um Plano de Cargos e Salários, entre outras reivindicações. A greve é um direito dos trabalhadores e não pode ser tratada com violência. As cenas divulgadas mostram o total descontrole por parte do comando da polícia.

A truculência não tem poupado ninguém. A maior parte dos professores é formada por mulheres, que tem enfrentado com vigor a repressão da polícia.

O Sindicato se soma aos professores e defende a volta do diálogo democrático. A justa reivindicação não pode ser reprimida por cassetetes, bombas e spray de pimenta.

É preciso que os governos – municipal e estadual – reconheçam a legitimidade da greve e voltem a negociação.  A justiça social e a democracia não se constroem com autoritarismo, truculência e arbítrio.

Nosso Sindicato defende aapuração imediata das arbitrariedades e punição aos responsáveis, assim como a retirada da pauta do projeto de plano de carreira e reabertura imediata das negociações com o sindicato da categoria, além do óbvio respeito ao direito de ir e vir das pessoas.