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Fitmetal debate sindicalismo internacionalizado

A diretoria da Fitmetal se reuniu, na manhã de hoje (23), na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (SINDMETAL) para discutir o II Congresso da UISMetal (União Internacional dos Sindicatos do setor metalúrgico) e a construção de um sindicalismo internacionalizado. 

 

(Foto: Bruno Bou Haya)

 

Raimunda Leone de Jesus, secretária da Mulher da Fitmetal, saudou os presentes em nome do SINDMETAL e contou um pouco da história desse sindicato quase centenário.

“O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro foi fundado em 1917, ano de revolução proletária, foi palco da Revolta dos Marinheiros em 1964, fato que contribuiu para o Golpe dos Militares e já recebeu grandes personalidades como JK e Iuri Gagarin. É um local simbólico para essa plenária da Fitmetal”, afirmou Raimunda.

Já João Batista Lemos, vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), fez um panorama histórico da criação da instituição, surgida na França, em 1945.

“A FSM surge como resposta à internacionalização da produção e da economia” diz ele. “Por esse processo, podemos afirmar que só é possível uma emancipação verdadeira se os trabalhadores internacionalizarem suas lutas. Com essa lógica, podemos ir além: só teremos o socialismo pleno quando acontecer uma revolução proletária no mundo inteiro”.

Batista Lemos também destacou que, hoje, há grande retirada dos direitos trabalhistas, principalmente na Europa, e que instituições sindicais como a Confederação Sindical Internacional (CSI), baseada em um modelo social-democrata, se ausenta das verdadeiras lutas dos trabalhadores do mundo, em um momento de grande crise do capitalismo.

“A CSI realiza congresso com trabalhadores para discutir crise econômica e convida para a mesa FMI e Banco Mundial, sem dar direito de diálogo aos trabalhadores. Eles apontam sempre para reformas. Vamos, então, reformar a exploração dos trabalhadores? Devemos é acabar com todas as formas de exploração, assim acabamos também com o capitalismo” apontou.

Divanilton Pereira, secretário de Relações Internacionais da CTB, também se pronunciou sobre a construção de um movimento sindical internacionalizado.

“O mundo vem trilhando outros caminhos, propondo alternativas. Assim está fazendo China, Rússia, Índia, África do Sul e, claro, Brasil. Vivemos uma transição geopolítica. O Caso Síria é um bom exemplo de como o mundo está multipolarizado. Se fosse nos anos 1990, os EUA invadiriam o país, o que foi evitado pela articulação da Rússia”, diz ele. Porém, pondera: “isso não significa que os EUA estão mortos e cairão, ainda é potencia tecnológica, econômica e, sobretudo, militar. Mas os americanos seguem o destino de declínio de grandes impérios como Roma e Inglaterra”.

O presidente da Fitmetal, Marcelino Rocha, afirma que temos que nos manter alerta. “Quanto mais aprimoramos nossa resistência, mais o capitalismo e o setor empresarial se mostram agressivos aos trabalhadores”. Ele cita o emblemático caso do “berço do automobilismo”: Detroit, nos EUA. A cidade decretou falência econômica com uma dívida de US$ 20 bilhões e vive caos social, com aumento da criminalidade e baixo desenvolvimento humano e econômico. 

“Precisamos seguir lutando conjuntamente, há uma série que violações dos direitos trabalhistas, como o PL 4330, que pode ser votado na calada da noite. Só a luta nos fortalecerá”, afiançou Marcelino.

Diretores dos oitos estados que a Fitmetal tem representação também abordaram questões como o sexismo no ambiente de trabalho, desregulamentação do trabalho e perseguições políticas. A abertura do II Congresso da UISMetal também será hoje, na sede do SINDMETAL.

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