Os trabalhadores do EEP obtiveram várias conquistas após 11 dias em greve. O acordo foi feito ontem (28), após uma reunião com a Petrobrás e depois com o Sinaval. A decisão ocorreu na assembleia nesta terça-feira (29).

Os dois mil metalúrgicos do EEP, onde os cascos de navios estão sendo convertidos para serem usados nas plataformas P-74, P-75 e outras, estavam em greve desde o dia 18.

Após um impasse nas negociações, a categoria decidiu realizar uma grande passeata, no dia 28, que saiu do estaleiro, no Caju, e percorreu a Avenida Brasil, a Francisco Bicalho, toda a Avenida Presidente Vargas, para depois chegarem à Rio Branco e entrar na Avenida Chile, onde fica a sede da Petrobrás. O diretor Maurício Ramos ressalta que a garra dos trabalhadores em fazer essa grande manifestação mostrou a disposição da categoria na hora de buscar seus direitos.

Depois de uma reunião com a Petrobrás, com a direção do Sindicato e uma comissão de trabalhadores, foi feita uma negociação com o Sinaval e os representantes do EEP.

O acordo feito garantiu várias conquistas para os trabalhadores: cartão alimentação de R$ 330,00 (sendo R$ 50,00 condicionado ao funcionário não ter faltas); garantia da estabilidade da Comissão de Fábrica; manutenção do pagamento integral de outubro; e que não haverá punições ou perseguição por conta da greve. A empresa também se comprometeu a fazer um adicional de 30% na PLR caso a obra seja entregue até 30 de agosto de 2014, implementar um programa de promoções e fazer um estudo de mercado para avaliação dos salários.

Ficou acordado também que dos 11 dias de greve, sendo sete úteis, apenas três dias e meio serão pagos. Para acertar os temas pendentes, uma nova reunião ocorrerá com o EEP na próxima terça-feira (5 de novembro).

Para o presidente do Sindicato, Alex Santos, “essa vitória mostrou a importância da união dos trabalhadores com o Sindicato e a Comissão de Fábrica, que também teve um importante papel nas negociações. Isso mostrou a nossa força para os patrões, nos dando melhores condições de buscar nossos direitos”.