Os metalúrgicos do Rio de Janeiro aprovaram a proposta do Grupo-19 (Firjan) de reajuste salarial de 7,5%, sendo 8% para os pisos. Com isso, a categoria garante o aumento real nos salários de 1,81% acima da inflação.

A campanha salarial deste ano foi marcada pela disposição de luta da categoria, sendo ela a grande protagonista de 2013. No Setor Naval, as discussões avançaram mais rapidamente e o acordo foi fechado primeiro, garantindo 9,5% para os trabalhadores deste setor, o maior aumento entre todas as categorias.

Entretanto, no Grupo-19, a primeira proposta, de 4,85%, sequer cobria a inflação do período. A segunda foi de 5,69%, ou seja apenas a inflação. Isso fez com que no dia 3 de outubro a categoria decretasse o estado de greve. "Foi aí que aconteceu um virada na nossa campanha", afirma o presidente do Sindicato, Alex Santos.

As paralisações começaram pelas empresas, sendo que quatro delas se destacaram. Na Armco, foi feita uma paralisação de três dias. Na Eletromar, uma assembleia atrasou em duas horas a entrada para o serviço. Na Fabrimar foram duas assembleias. E na Usimeca, os trabalhadores tiveram papel de vanguarda nesta campanha. Fizeram oito dias de greve.

Isso fez com que os patrões voltassem a negociar e na segunda, dia 28 de outubro, eles apresentaram a proposta aprovada, que coloca os metalúrgicos do Rio dentro do patamar nacional de reajustes.

Para o presidente Alex Santos, "é necessário pensar as próximas campanhas salariais para que também se avance nas cláusulas sociais e não apenas no aumento. Porém, a categoria está de parabéns, pois mostrou força, fazendo importantes paralisações, o que só reforça a luta para as próximas conquistas".