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Resolução final aprovada no 11º Congresso

1 – A questão internacional e a crise econômica

Nosso continente é agora foco de uma forte onda conservadora, inspirada por Washington, que ameaça o processo político mudancista regional em curso desde a primeira eleição de Hugo Chávez na Venezuela (1998), o projeto de integração e suas instituições (Unasul, Alba, Celac, Mercosul), bem como as conquistas políticas e sociais arrancadas pela classe trabalhadora e seus aliados ao longo da história.

Há alguns anos vivíamos um período de avanço das forças progressistas, crescente enfrentamento ao imperialismo dos EUA, fortalecimento da democracia e reiteradas derrotas eleitorais da direita neoliberal. Registraram-se, desde então, significativos passos no processo de integração como a criação da Unasul e da Celac e a ampliação do Mercosul.

Nas eleições dos EUA, o candidato republicado Donald Trump tem feito uma campanha claramente altamente conservadora, machista e contra os imigrantes, unindo a extrema-direita no país. A candidata Hillary Clinton continua na frente e deve vencer as prévias democrata. Hillary é a candidata que faz o contraponto ao Trump e tem discursado pela inclusão dos imigrantes, ampliando o direitos dessas pessoas.

Retrocesso neoliberal

Hoje situação não é a mesma. Presenciamos as vitórias da direita neoliberal na Argentina e na Venezuela, derrota de Evo Morales no referendo que lhe permitiria um novo mandato na Bolívia e uma grave e descarada ofensiva golpista contra a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula no Brasil. Devemos somar a tudo isto acontecimentos anteriores como os golpes em Honduras e no Paraguai, que já davam sinais da reação imperialista.

Duas crises que convergem

Para melhor compreender a realidade é preciso ter em conta o contexto histórico mais geral em que se verificam as nossas dificuldades. Este é marcado por uma das mais graves e profundas crises da história do sistema capitalista e imperialista, comparável à Grande Depressão iniciada em 1929, que atravessou os anos 30 do século passado e, nunca é demais lembrar, desembocou na 2º Guerra Mundial.

Na verdade, observa-se a convergência de duas crises que ocorrem simultaneamente, se entrelaçam e se confundem: a crise econômica e a crise da ordem imperialista remanescente do pós-guerra, que também pode ser descrita como uma crise da hegemonia dos EUA. A primeira começou no final de 2007 no principal centro imperialista do mundo e logo se tornou global, atingindo na sequência com inusitada força a Europa.

Transição geopolítica

A crise geopolítica é consequência da ação na história da lei do desenvolvimento desigual das nações, que provoca o declínio relativo da liderança econômica e política dos Estados Unidos no mundo e a ascensão, como contrapartida, da China. Nota-se um claro deslocamento da influência econômica e geopolítica para o Oriente e, em particular, dos EUA para a China.

O entrelaçamento destes movimentos com o novo cenário geopolítico em formação na América Latina e Caribe é visível. Considerando o conjunto da região, a China já pode ser considerada uma economia maior e mais relevante do que os EUA tanto do ponto de vista comercial quanto financeiro. É a principal parceira do Brasil, Argentina e outros países.

Ofensiva contra o trabalho

Ao provocar a redução ou estagnação da produção, a crise econômica exacerba o chamado conflito distributivo no seio da sociedade capitalista e em particular a luta (econômica, política e ideológica) entre capital e trabalho. A burguesia manobra para que a conta seja paga pelos trabalhadores e trabalhadoras. Na Europa ensaia o desmantelamento do Estado de Bem Estar Social, a pretexto de ganhar competitividade para enfrentar a concorrência asiática.

A classe trabalhadora sofre com o flagelo do desemprego em massa, a precarização dos serviços públicos e das relações de trabalho, a redução de salários, bem como a flexibilização e supressão de direitos. É preciso acrescentar que o avanço da produtividade do trabalho (promovido pelas novas tecnologias e reestruturação produtiva) sem a contrapartida da redução da jornada agrava sensivelmente o drama da desocupação, que em países como Grécia e Espanha condena ao ócio involuntário metade da juventude trabalhadora.

Concentração da renda

Como resultado da crise e da hegemonia política e ideológica do neoliberalismo, o mundo assiste a uma brutal concentração da renda e depreciação do trabalho. Um preciso indicador desse processo está no seguinte dado: há 40 anos a renda mundial era formada em 70% pela renda do trabalho e 30% pela renda do capital. Hoje, há uma inversão: 65% da renda mundial são apropriadas pelos capitalistas e apenas 35% por aqueles que a produzem, ou seja, pela classe trabalhadora. Nessas condições, chegar ao quadro de desigualdades econômicas que hoje se tem – 1% da população mundial já controla 49% da riqueza do planeta – tornou-se o corolário do capitalismo. Há décadas a tendência de concentração de renda no capitalismo já foi registrada. Esse processo não é uma distorção do sistema, é sim da sua natureza.

Radicalização da luta de classes

O acirramento dos conflitos políticos em todo o mundo, a radicalização da luta de classes, o terrorismo, o despertar do neofascismo, as guerras em andamento no Oriente Médio e na África, as tensões no Mar da China, são os desdobramentos práticos da crise econômica e geopolítica do capitalismo. O mesmo se pode dizer em relação aos eventos políticos e sociais que presenciamos na América Latina.

Foi na política externa que mais se avançou, concomitantemente com programas que buscaram reduzir as desigualdades sociais, a fome e os sofrimentos dos nossos povos. De outro lado, a integração – que resgatou Cuba do isolamento e criou uma “zona de paz” (Celac) excluindo as duas potências capitalistas do continente – é o alvo maior da estratégia imperialista de Tio Sam, que continua metendo o bedelho nas políticas internas da região.

Defesa da democracia

No dia 11 de maio, o Senado Federal aprovou o afastamento da presidenta Dilma Rousseff por até 180 dias, confirmando a decisão da Câmara Federal. Essa decisão fere diretamente o estado democrático de direito, pois impeachment sem justificativa é um golpe na democracia brasileira. Dilma não cometeu nenhum crime. O julgamento, como muitos políticos admitiram, é político e visa à volta ao poder daqueles que perderam nas últimas quatro eleições.

O golpe tem sido enfrentado fortemente pelo movimento sindical e social. Diariamente ocorrem manifestações pelas ruas, com ocupações de prédios públicos, como ocorreu no Ministério da Cultura no Rio e em Salvador. A resistência da classe trabalhadora também segue firme, pois o governo interino de Michel Temer, para atender aos empresários, já sinaliza com a reforma trabalhista, que inclui retirada de direitos, e a da previdência, que tem como um dos principais pontos o aumento da idade mínima para aposentadoria.

Nessas condições, a luta em defesa da democracia, dos direitos sociais, da soberania das nações e do projeto de integração dos países latino-americanos e caribenhos deve merecer total prioridade. A luta contra o imperialismo abre caminho para o desenvolvimento de projetos alternativos ao neoliberalismo e reforça a perspectiva socialista de superação das estruturas sociais arcaicas e injustas que sobrevivem apenas porque são essenciais à reprodução do capitalismo.

Destaca-se, neste sentido, a defesa da democracia. As classes dominantes têm uma longa história de promoção de golpes de Estado, autoritarismo e perseguição contra os movimentos sociais e as forças democráticas e patrióticas. A burguesia explora com sabedoria a crise do capitalismo, atribuindo-a a incompetência dos governos progressistas, e de resto tem a capacidade de intervir nela (como sugere a guerra econômica denunciada por Maduro na Venezuela e os ataques à Petrobras no Brasil) para provocar desestabilização política e criar um clima de caos e desgoverno que favorece o retrocesso neoliberal.

Com este objetivo os poderosos grupos políticos e econômicos alinhados com o imperialismo vão se utilizar de todos os meios que dispõem. Cabe destacar o papel da mídia burguesa, monopolizada, que se vale de mentiras, distorções e factóides para atacar as forças democráticas e progressistas.

No Brasil, setores do Judiciário e do Parlamento também estão envolvidos na conspiração golpista contra o governo Dilma. O objetivo é o mesmo de sempre: manter as condições de reprodução do capital, logo a maior concentração da renda, mesmo que tal conduta possa impedir o desenvolvimento social e econômico sustentável para os países da região, assim como a sua integração. É necessário ter consciência de que o golpismo e o retrocesso neoliberal não ameaçam apenas o Brasil, Venezuela e Argentina, maiores economias da América do Sul, mas todo nosso continente.

Ação unitária de Sindicatos e movimentos sociais

Os desafios para os sindicatos, organizações e movimentos sociais tornaram-se maiores neste momento. Nas atuais condições, cabe recolocar como eixo das organizações sindicais a aproximação estratégica com os chamados movimentos sociais, especialmente os que mantêm vínculos mais estreitos com a classe trabalhadora.

No Brasil foi construída a Frente Brasil Popular, que busca responder à necessidade de combinar a luta parlamentar com a luta extraparlamentar, de modo a respaldar nossa luta em fortes movimentos políticos de massas com perspectiva de poder e elevar o protagonismo da classe trabalhadora. O desenvolvimento econômico soberano, integrado e sustentado em nossa região é uma das condições para enfrentar nossos dilemas e acumular forças.

2 – Estado do Rio de Janeiro e a economia

Dependência do petróleo reflete na economia fluminense

Em 2015, o preço internacional do barril de petróleo acumulou uma perda de 46,40% quando atingiu em dezembro US$ 49,9, contra US$ 93,1 em dezembro/2014, alcançando seu nível mais baixo desde dezembro/2013, US$ 119 (seu valor máximo no período), contabilizando uma perda ainda maior, da ordem de 58,07%.

Com quase 80% do petróleo nacional produzido no estado, e com o alto nível de participação dessa commodity na Economia Fluminense, os aumentos ocorridos em sua produção durante o ano de 2015, bem como no período de dezembro/2013 a dezembro de 2015 da ordem de 3,27% e de 14,92%, respectivamente, não foram suficientes para reverter o quadro de desaceleração em 2015, apontados pelas quedas de seus principais indicadores econômicos. Isto fica ainda mais evidente quando se comparam os resultados de 2015 em relação ao ano imediatamente anterior. Nesse sentido, a Indústria Geral decresceu 6,5%, o Comércio Varejista, 3,2% e o Setor de Serviços 3,1%.

Em termos de emprego formal, o acumulado do ano apresentou uma perda de 179 mil postos de trabalho, reduzindo em mais da metade o quantitativo de postos de trabalho se comparado a 2014. Por conta do fraco desempenho da Economia Fluminense, como um todo, a arrecadação do ICMS registrou queda 6,0% no ano de 2015 comparado a 2014.

Detalhando, por setor, a Indústria de transformação foi a que apresentou o pior resultado, com taxa negativa de (11,2%). O principal impacto negativo ficou com a Fabricação de veículos automotores (32,8%). Outras pressões negativas importantes vieram da Fabricação de borracha (pneus) (12,6%); Metalurgia (12,5%) e Refino de petróleo (11,9%).

No emprego formal, a indústria de transformação com perda de 47 mil postos de trabalho e a construção civil com 43 mil foram os setores que mais demitiram no período.

Indústria Geral, Indústria Extrativa e de Transformação

Em dezembro, a produção industrial do Rio de Janeiro medida pela Pesquisa Industrial Mensal do IBGE, com ajuste sazonal, registrou variação positiva de 1,3% em relação a novembro. Na comparação com igual mês do ano anterior, sem ajustes, observaram-se quedas de 10,1% na Indústria Geral e de 15,8% na Indústria de Transformação e crescimento de 2,3% na Extração de Petróleo e Gás.

Na comparação com dezembro de 2014, o principal impacto negativo ficou com o Setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (17,2%), influenciado, em grande parte, pela menor produção dos itens óleos combustíveis, óleo diesel, óleos lubrificantes, naftas para petroquímica, gás liquefeito de petróleo e gasolina automotiva.

No acumulado do ano, a produção industrial fluminense recuou em 6,5% quando comparada ao mesmo período do ano anterior. Os principais impactos negativos vieram dos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e de veículos automotores, reboques e carrocerias, pressionados, sobretudo, pela menor fabricação de óleos combustíveis, óleo diesel, gasolina automotiva, gás liquefeito de petróleo (GLP), naftas para petroquímica e querosenes de aviação; e de caminhões, chassis com motor para ônibus ou para caminhões e carrocerias para ônibus, respectivamente.

Emprego

Em dezembro de 2015, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED foram eliminados 40.071 postos de trabalho. Tal desempenho negativo deveu-se, principalmente, aos setores da Indústria de transformação com menos 9.413 postos, Serviços 19.466 postos e Construção civil 6.520 postos, conforme tabela 1.

No acumulado do ano de 2015 o Estado do Rio de Janeiro extinguiu 178.822 postos de trabalho, sendo extintos 47.204 postos na Indústria de transformação, 43.183 na Construção civil e 30.460 nos Serviços.

Pesquisa Mensal de Emprego

A análise do emprego no mês de dezembro de 2015, medido pela Pesquisa Mensal de Emprego – PME, aponta para uma taxa de desocupação na Região Metropolitana do Rio de Janeiro de 5,1%. As demais regiões metropolitanas da Região Sudeste apresentaram as seguintes taxas de desemprego: Região Metropolitana de Belo Horizonte, 5,9%, e Região Metropolitana de São Paulo, 7,0%. Por sua vez, o rendimento médio real da população ocupada foi estimado em R$ 2.451,20 no mês de dezembro de 2015, avançou 1,4% em relação ao mês anterior e apresentou recuo de 7,9% em relação a dezembro de 2014.

A categoria metalúrgica

A crise econômica mundial e nacional atingiu diretamente os metalúrgicos, principalmente na cidade do Rio de Janeiro, onde é forte a presença da indústria naval. Desde o ano de 2015, muitas empresas demitiram trabalhadores e outras, inclusive, fecharam as portas, como o caso do Eisa e outros.

Isso tem gerado forte impacto no desemprego dos trabalhadores. Deve ser prioridade dos metalúrgicos a luta pela retomada imediata do desenvolvimento, com a volta dos investimentos, a retomada das obras e a ampliação das encomendas. Para isso, é preciso que a principal estatal do país, a Petrobrás, volte a investir na indústria nacional, o que gera emprego em diversos setores produtivos.

Fontes: Boletim Internacional do Encontro da Escola Nossa América – março de 2016; Ceperj.

O meio ambiente no estado do Rio de Janeiro

O Rio de Janeiro no momento encontra-se falido, tendo o vice-governador à frente das decisões. O estado está com os salários dos servidores atrasados e não tem jogado nenhum papel na sustentação da nossa indústria, principalmente a do setor naval.

Os trabalhadores metalúrgicos pregam a urgência do aprofundamento da integração entre os diversos setores da sociedade, a fim de questionar e defender mudanças do atual modelo de desenvolvimento capitalista, que exacerba condições de desigualdade e da pobreza e que ao mesmo tempo promove a degradação sistemática dos recursos naturais com profundas transformações sociais.

São a partir dessas premissas que se deve elaborar os fundamentos para o projeto nacional com sustentabilidade socioambiental, onde os aspectos produtivos devem necessariamente priorizar as demandas socioeconômicas e de respeito ao meio ambiente. É necessário constituir uma nova relação com a natureza, especialmente diante do quadro de fragilização sistêmica do eco sistema e perda da biodiversidade, escassez de água, aumento dos desastres naturais que causam a miséria. Devemos praticar ações de descarte correto do lixo e chamar a atenção das autoridades estaduais e municipais para o saneamento básico. As piores epidemias provem de valas negras, rios assoreados, terrenos abandonados. Cuidar e preservar é nosso dever. Esse é o legado que devemos deixar para as gerações vindouras. Para isso, é importante desenvolver e fortalecer as CIPAs, como forma de agregar mais trabalhadores nesta luta.

Uma das referência é a Semana do Meio Ambiente. O Dia Mundial do Meio Ambiente é comemorado anualmente em 5 de Junho. A data começou a ser comemorada em 1972, com o objetivo de promover atividades de proteção e preservação do meio ambiente e alertar o público mundial e governos de cada país para os perigos de negligenciarmos a tarefa de cuidar do meio ambiente.

Fechamento de empresas na cidade do Rio

Muitas empresas da cidade do Rio estão se deslocando para municípios vizinhos. A capital carioca tem priorizado a construção de condomínios e outros imóveis de moradia nos locais deixados por estas empresas, acentuando assim o desemprego da nossa categoria.

Empresas que se mudaram do município do Rio para outros lugares (Área do Jacaré/Inhaúma/Thomas Coelho):

-Ferragens Page: saiu do bairro de Pilares para o município de Barra Mansa (220 trabalhadores).

-Parafusos Flexa:  saiu do bairro do Jacaré e foi para Barra do Piraí (120 trabalhadores).

– Siemens do Brasil: saiu do bairro de Del Castilho e foi para são Paulo e hoje o parque virou condomínio residencial (500 trabalhadores).

-Eletromar (Hager): saiu do bairro de Del Castilho e se deslocou para Jacarepaguá e agora retorna para a Alemanha. O terreno será doado ao governo estadual (700 trabalhadores).

– Eaton: saiu do bairro de Del Castilho e retornou para o município de Valinhos. O parque se tornou condomínio residencial (500 trabalhadores).

– General Electric: ficava em Maria das Graças, desativou o parque que produzia lâmpadas incandescentes e a vapor de mercúrio (1200 trabalhadores). O terreno hoje continua vazio e vigiado por seguranças privados. Deve ficar para o próximo PAC.

– Wayne Dresser: em 1996 transferiu parte de sua fabricação de máquinas para Santa Catarina (compressores, elevamotos, elevadores elétricos e hidráulicos e comboios da construção civil) demitiu mais de 300 trabalhadores, hoje o parque no Rio de Janeiro só produz bombas de gasolina/álcool.

– Metal Leve: saiu do bairro do Encantado e se deslocou para São Paulo, tinha 600 trabalhadores. Hoje o parque virou condomínio residencial.

– Flowservice: em Del Castilho (600 trabalhadores) se mudou para Campo Grande e o espaço hoje virou condomínio residencial.

– Aumund (300 trabalhadores): ficava em Maria das Graças, se mudou para um município paulista. O terreno continua vigiado por segurança privado

-Hitachi/Lane: retornou para o Japão (400 trabalhadores), o terreno ficou para o estado do Rio de Janeiro.

Empresas que faliram:

-IMI Cornelius, em Thomas coelho: 300 trabalhadores. Hoje o espaço físico virou condomínio residencial.

-Iafra: Thomas coelho: 200 trabalhadores. Terreno se encontra abandonado.

-Stil  Eletrônica, em Inhaúma (300 trabalhadores): o terreno hoje se encontra abandonado.

-Cidan, em Inhaúma (250 trabalhadores): Hoje o terreno virou condomínio residencial.

-Altm, no bairro do Rocha (1500 trabalhadores): hoje o terreno virou Bairro Carioca (programa da prefeitura).

-Nirvana, em Higienópolis (200 trabalhadores): o terreno foi vendido para chineses.

-LOY Eli, em Inhaúma (200 trabalhadores): o terreno hoje continua vigiado por seguranças privados.

-Maquesonda/macromo, em Inhaúma (300 trabalhadores): o terreno foi todo penhorado e a prefeitura retirou  parte deste que a pertencia.

-Hitachi/Lane: retornou para o Japão (400 trabalhadores). Hoje o terreno ficou para o estado do RJ.

-Ferraro rodas, em Maria das Graças (120 trabalhadores): o terreno  se encontra abandonado.

Metalúrgica Caran, em Maria das Graças (150 trabalhadores): o terreno estar prestes a ser invadido.

-Parafusos Águias: ficava no bairro do Jacaré, tinha 400 trabalhadores, hoje o espaço físico se tornou num estacionamento privado.

-Cirprees: era no bairro do Jacaré, tinha 500 trabalhadores. Hoje o espaço físico virou condomínio residencial feito pela prefeitura.

-Merinox: bairro do Jacaré, tinha 80 trabalhadores. Hoje o espaço físico encontra-se desativado e abandonado.

-Elege bebedouros: era no bairro do Jacaré, tinha 60 trabalhadores. Hoje o parque encontra-se abandonado.

-Padin: era no bairro do Jacaré, tinha 50 trabalhadores. Hoje o parque se encontra abandonado.

-Gaz lux-aquecedores: era no bairro do Jacaré, tinha 80 trabalhadores. Hoje o espaço físico encontra-se abandonado.

-Metalúrgica Elias: ficava no bairro de Thomas Coelho e fabricava maquinas de café e mate. Tinha 120 trabalhadores. Hoje o terreno virou moradia.

– Rio industrial estamparia: ficava no bairro de Cavalcante, tinha uma média de 600 trabalhadores. Hoje o espaço físico se encontra fechado e abandonado.

-Pup/peças: ficava no bairro do Jacaré. Tinha 150 trabalhadores. Hoje o terreno se encontra abandonado e a venda!

– Empilhadeiras sul americana-(ESA): ficava no bairro de Cavalcante. Foi para o estado de São Paulo. O terreno ficou para construção civil para moradias. Tinha 400 trabalhadores.

– Luminex: de origem colombiana, foi fechada e seus acionistas começaram a trazes os produtos da China. A empresa ficava em Del Castilho e o terreno hoje também virou condomínio residencial. Tinha 400 trabalhadores.

– Sadool: fabricava bombas de gasolina no bairro do Jacaré. Tinha uma média de 500 trabalhadores. Perdeu o mercado para Wayne Dresser nos anos 1970/80. O terreno continua abandonado até hoje.

– Montana: ficava na estrada do Itararé. Tinha 500 trabalhadores. Era a empresa que trabalhava o falecido ex-presidente do Sindicato Carlos Manoel. Hoje no terreno fica o supermercado Prezunic.

– Primar: ficava no bairro do Jacaré. Tinha 200 trabalhadores. Era empresa de ferramentaria e injeção. Hoje o terreno se encontra ocupado por populares.

– Metrox: era situada no bairro do Jacaré. Tinha 100 trabalhadores. Hoje o terreno se encontra abandonado.

– Metalúrgica Continental: Era situada no bairro do Jacaré. Tinha 60 trabalhadores. Produzia produtos ortopédicos. Hoje o terreno se encontra ocupado por populares.

 

3- Plano de lutas

 

Internacional

– Contra o imperialismo e em defesa da paz mundial.

– Solidariedade com os povos vítimas da opressão imperialista.

– Apoio aos governos progressistas da América Latina.

– Pelo fim do embargo a Cuba.

– Resistir na manutenção dos os blocos econômicos, como o Mercosul, os BRICS, a Unasul e a Celac. Não a ALCA.

 

Nacional

– Contra qualquer tentativa de golpe e defesa do mandato da presidente Dilma

– Avançar no projeto nacional de desenvolvimento nacional, com soberania e valorização do trabalho.

– Reforma agrária e fortalecimento da agricultura familiar.

– Universalização das políticas públicas de saúde e fortalecimento do SUS. Valorizar a saúde do trabalhador no local de trabalho

– Mudanças na política macroeconômica.

– Contra a criminalização dos movimentos sociais. – Crescimento com Distribuição de Renda e Fortalecimento do Mercado Interno. – Valorização do Trabalho Decente com Igualdade e Inclusão Social. – Estado como Promotor do Desenvolvimento Socioeconômico e Ambiental. -Se incorporar à luta nacional contra a Alta Programada.

-Buscar junto ao Ministério de Ciência e Tecnologia as condições de qualificação e programa de pesquisa e desenvolvimento (P&D) que tenham ligação com os setores da categoria.

– Garantir que a riqueza do Pré-sal fique com os brasileiros. Em defesa da constituição do Fundo Social do Pré-sal.

– A luta pela valorização do salário, dos trabalhadores Metalúrgico do Rio, bem como da valorização e luta pelo aumento do salário mínimo.

– Fortalecer o direito do trabalhador que por motivo de doença ocupacional seja obrigado a entrar no CRP, tendo que abandonar assim a área industrial, ficando no administrativo.

– Lutar pelo fim do Assédio Moral.

– Pela inclusão da qualificação profissional nas pautas da entidade.

– Criar um mecanismo de controle das empresas que não cumprem o acordo coletivo.

– Igualdade salarial para ambos os sexos.

– Traçar condições objetivas pela representação de comissões de fábricas com estabilidade.

– Combater toda forma e prática de terceirização e flexibilização ou precarização das relações entre capital e trabalho.

-Fim do interdito proibitório.

-Buscar junto aos governos federais, estaduais e municipais as ampliações das escolas técnicas e cursos profissionalizantes gratuitos para os jovens e qualificações para os atuais trabalhadores e cursos de idiomas.

-Buscar junto aos nossos parlamentares, em nível federal, a legalização na Constituição a questão dos delegados sindicais.

– Lutar contra a reforma da previdência, a reforma trabalhista, que retira direitos da CLT e apoiar a criação da frente parlamentar em defesa dos trabalhadores.

Sindical

– Lutar pela unicidade sindical. Pelo fortalecimento da organização dos trabalhadores por local de trabalho, contra a pulverização dos sindicatos.

– Fortalecer o setor naval.

– Redução da jornada de trabalho, sem redução de salário.

– Pela regulamentação do mercado de trabalho, denunciando práticas de terceirização e todas as formas de flexibilização ou precarização das relações entre capital e trabalho.

– Luta dos aposentados por melhoria salarial.

– Fim do Fator Previdenciário

– Garantia do acesso à creche, como direito das crianças de até seis anos.

– Garantia do direito irrestrito às greves. Coibir as práticas anti-sindicais.

– Valorização da luta em defesa da saúde do trabalhador.

– Desenvolver junto à categoria uma campanha de valorização do direito coletivo, reforçando o papel do sindicato, na luta do capital e o trabalho.

– O sindicato deve buscar junto à categoria, a valorização da entidade, resgatando suas conquistas e lutas nos últimos períodos, em vista da busca pela credibilidade e fortalecimento no chão de fábrica.

– O sindicato deve buscar junto aos trabalhadores, maior relação, aproximação individual, valorizando as questões específicas, ouvindo seus trabalhadores.

-Desligamento imediato de filiados ao Sindicato que tentarem dividir a base da categoria (estatutário).

-Fim dos descontos dos vales-transportes sobre os salários dos trabalhadores.

-Buscar a isenção do Imposto de Renda nas PLRs e nos salários.

-Campanha de valorização dos salários dos metalúrgicos do Rio de Janeiro.

-Em defesa da manutenção do Imposto Sindical como fonte de sustentação da luta dos trabalhadores.

– Lutar pela ampliação das CIPAs nas empresas e pela proteção do meio ambiente como importante ação dentro do equilíbrio sócio econômico.

– Realizar encontros, com busca nos movimentos sociais, de Mulheres Trabalhadoras, da Igualdade Racial, da Juventude e de Cipeiros.

– A Comissão do Setor Naval do Sindimetal deve analisar e fazer um seminário de acompanhamento para identificar os problemas e apresentar sugestões que visem solucionar a crise do setor, buscando entidades que estudam esse segmento para junto com elas criar um diagnóstico real da situação.

– Criar um fórum de trabalho para debater a saída das indústrias da cidade do Rio.

– O Sindicato deve integrar junto com a CTB uma comissão de trabalho para debater a economia do Estado e apresentar alternativas para o desenvolvimento da economia do estado e dos municípios.

Organização

– Fortalecer a organização sindical. Pela realização permanente da campanha de sindicalização.

– Fortalecer a atuação da diretoria na sua estrutura interna e externa.

– Ampliar a organização do Centro de Memória Metalúrgica, transformando-o em um local de pesquisa para trabalhadores, estudantes e demais interessados.

-Lutar para que as comissões de Fábrica e de PLR tenham estabilidade.

– Introduzir o regimento interno e implantar as comissões de fábrica.

– O 11º congresso aprova a convocação de um congresso extraordinário para debater exclusivamente o Estatuto da entidade.

Sindimetal-Rio

Sindicato classista e de luta

Fundado em 1º de maio de 1917.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, fundado em 1º de maio de 1917, continua sendo o principal instrumento de luta e de atuação da categoria. Tem uma rica história em prol do Brasil, da democracia e em defesa dos trabalhadores. O Sindicato, consciente do seu papel, segue firme, buscando sempre a valorização do trabalhador e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a sociedade socialista.

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