Acordo coletivo garante a manutenção de todos os direitos trabalhistas
![Ebse](http://metalurgicosrj.org.br/wp-content/uploads/2017/09/ebse11.jpeg)
O Sindimetal-Rio conseguiu através da negociação com o patronato fechar o acordo coletivo 2017-2018, garantindo a manutenção de todos os direitos trabalhistas. No acordo com o Grupo-19, o aumento será de 3% no piso salarial e 2% no salário. Esse aumento também vale para o Sindirepa. Esse índice garante o aumento real para todos os metalúrgicos dessa base. Além disso, na SPG elevadores e Rassini, onde houve luta e mobilização, o reajuste foi ainda maior.
No Rio de Janeiro fizemos uma campanha de RESISTÊNCIA E LUTA, percorrendo as empresas e mobilizando os trabalhadores. A manutenção das cláusulas sociais, sem nenhum recuo, é uma importante conquista neste momento de ataque aos direitos dos trabalhadores. A reforma trabalhista programada para entrar em vigor no dia 11 de novembro vai afetar duramente a classe trabalhadora.
Por isso, na mesa de negociação a direção do Sindicato reforçou a posição de não ter qualquer retirada das cláusulas sociais do acordo coletivo. Não aceitamos, por exemplo, a volta do banco de horas. Para o setor naval, que se encontra praticamente falido no Rio de Janeiro, o reajuste será de 1,63%, garantindo a reposição total da inflação e também sem qualquer retirada de direitos.
Vale lembrar que esse acordo foi fechado em um momento de baixa inflação, que ficou em 1,63% no período de setembro de 2016 a outubro de 2017. Ou seja, nosso reajuste garante aumento real para o Grupo-19 e Sindirepa. No país todo, boa parte das campanhas salariais tem fechado somente com a inflação, ou apenas com 0,1% acima da inflação. A Rassini, em São Paulo, fechou com 1,73%. Nos Correios, o valor foi de 2,07% depois de vários dias de greve. Em Macaé, Rio das Ostras e Casemiro de Abreu o acordo dos metalúrgicos foi de 1,83%. Em Betim (MG), o índice foi de 1,63%.
Nesta campanha salarial ainda enfrentamos uma realidade econômica difícil, com muitas empresas fechando ou demitindo. A taxa de desemprego no país ficou em 12,6%, no trimestre encerrado em agosto, segundo dados do IBGE, o que representa mais de 13 milhões de desempregados no Brasil. A Petrobrás que é a maior empresa do país parou de investir, o que quebrou toda a cadeia produtiva. O Rio de Janeiro vive uma crise ainda maior, com o Estado sem capacidade para investir, com atrasos de salários constantes.
Mesmo diante deste cenário, conseguimos fechar um importante acordo coletivo. Mas continuamos na luta para impedir que a reforma trabalhista prejudique os trabalhadores. Não aceitaremos retrocessos!
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