Trabalhadores da Brafer decidem manter greve
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Os trabalhadores da Brafer, localizada em Santa Cruz, decidiram hoje (15/06), em assembleia pela manutenção da greve iniciada na semana passada. Os motivos que levaram os trabalhadores a paralisação são a reivindicação da PLR, 400 reais de Sodexo e melhorias nas condições de trabalho.
A assembleia foi aberta pelo diretor José Ivanildo que informou o pedido da empresa para que a votação sobre a proposta da mesma fosse feita através de voto secreto, uma prática incomum em assembleias sindicais. O diretor informou à categoria que ela era soberana e que caberia aos trabalhadores decidirem o método pelo qual seriam feitas as votações. O diretor também apresentou a pauta da assembleia e aproveitou para fazer duras críticas ao PL das Terceirizações que na visão do diretor “vai atingir toda a classe trabalhadora e colocar em xeque os direitos conquistados na CLT”.
Logo em seguida, o diretor do sindicato Roberto fez uma avaliação de conjuntura, alertando aos trabalhadores da ameaça do crescimento das forças conservadoras e com duras críticas ao Congresso Nacional e defesa da democracia.
O presidente eleito do Sindimetal-Rio, Jesus Cardoso, tomou a palavra e, em um primeiro momento, organizou a votação sobre qual seria o método de votação da assembleia: o método tradicional com votação aberta, ou o método proposto pela empresa de voto em urna. A ampla maioria dos trabalhadores optou por manter a tradição do sindicato e a votação aberta.
Logo em seguida, foi lida a proposta feita pela empresa que propunha o pagamento de R$ 6 mil de PLR com o adiantamento de R$ 4 mil em julho de 2015, o vale alimentação de R$ 390, o pagamento de parcela adicional do vale alimentação em dezembro e a compensação das horas paradas na fração de 1 hora para cada 40 minutos trabalhados.
Os trabalhadores, novamente em ampla maioria, rejeitaram a proposta e encaminharam uma nova proposta à empresa que pedia o pagamento de R$ 5 mil de PLR imediato, a inclusão de R$ 1 mil no cartão alimentação e o pagamento de mais R$ 2 mil em janeiro de 2016. A proposta foi recusada pela empresa.
O Sindicato e a Comissão de Fábrica ficaram de manter o contato com a empresa para reabrir as negociações e uma nova assembleia foi marcada para a próxima manhã na porta da fábrica.