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Aldo Rebelo: “Queremos aproximar o movimento sindical de nossa agenda”

O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aldo Rebelo, recebeu, nesta quinta-feira (5), em Brasília, um grupo de dirigentes da CTB para discutir o papel do movimento sindical no projeto nacional de desenvolvimento do Brasil. Além do presidente Adilson Araújo, participaram os vice-presidentes Marcelino Rocha, Nivaldo Santana, Divanilton Pereira, e o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro (Sindimetal-Rio), Alex Santos.

Os sindicalistas expuseram a preocupação da Central com as recentes medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governo e com a situação da indústria nacional. “A CTB compreende que é muito importante estabelecer um diálogo entre o setor empresarial, o governo e a classe trabalhadora para encontrar resposta para os gargalos estruturais do país. Precisamos compreender que esse esforço deve ser coletivo”, afirmou o presidente da CTB.

Para Adilson Araújo, é preciso aprofundar as discussões. “[Queremos?] Trazer para o centro do debate essa complexidade que está associada à perda de competitividade, à economia frágil, a própria situação que o Brasil se encontra. Devemos encontrar uma forma equilibrada que potencialize as ações desse Ministério, de forma a contribuir com o projeto nacional de desenvolvimento.”

Segundo o ministro Aldo Rebelo, ciência, tecnologia e inovação têm relação com o projeto nacional de desenvolvimento do Brasil, e esse projeto de desenvolvimento tem relação com os trabalhadores e o movimento sindical. “Queremos aproximar o movimento sindical da agenda de ciência, tecnologia e inovação, porque além das opiniões, das sugestões e das reivindicações, o movimento sindical também agrega energia, apoio político e social”, disse o ministro.

Ele também destacou formas de participação das centrais sindicais no MCTI. “O movimento sindical já tem acento em vários dos conselhos das entidades do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, e, além do mais, também pode integrar fóruns gerais e específicos, de acordo com as categorias, para debater a política de ciência e tecnologia no Brasil”.

Desenvolvimento da indústria

Os dirigentes sindicais esperam, ainda, que o MCTI possa se envolver, de maneira mais direta no setor industrial do País. “Esperamos poder traçar um rumo maior envolvimento do ministério, sobretudo nesse momento difícil que a indústria nacional está vivendo. Queremos o apoio do ministério para um debate mais aprofundado do desenvolvimento e da industrialização do nosso país”, ressaltou Alex Santos, presidente do Sindimetal-Rio.

No mesmo sentido, Marcelino Rocha, da CTB e presidente da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), demostrou preocupação com a indústria brasileira. “Nós chegamos a um índice de participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro de extrema gravidade e menor, talvez, dos últimos 50 anos. O ministro Aldo é muito sensível e a pasta dele, com certeza, pode contribuir nessa retomada do setor industrial brasileiro.”

E acrescentou: “Precisamos enfrentar a crise, que é fato, não só com otimismo, mas com investimento real, até porque, todos os países que se desenvolveram a médio e longo prazo fizeram grandes investimentos reais, que é o que alavanca o desenvolvimento”, argumentou Rocha.

Desafios

Recuperar o nível industrialização do Brasil, com atividade industrial e valorização do trabalho, é um dos grandes desafios da atualidade, segundo Divanilton Pereira. “Um dos elementos que pode contribuir para que essa defasagem seja superada é o incremento de ciência, tecnologia e inovação. Por isso que esse ministério deve ser fortalecido e deve ser dotado de orçamento que possibilite políticas públicas, que transforma a política de ciência, tecnologia e inovação em política de Estado. E isso tem a ver com o projeto dos trabalhadores, sobretudo com o projeto da CTB”, defendeu o dirigente.

Apoio político

Para a CTB, a escolha de Aldo Rebelo para comandar a pasta foi uma escolha acertada. Ex-ministro do Esporte, de 2011 à 1º de janeiro de 2015, e eleito seis vezes deputado federal pelo PCdoB, Rebelo tem uma trajetória política de mais de 30 anos.

“Consideramos que o ministro Aldo Rebelo é um excelente nome para o ministério. Foi uma escolha acertada, pois ele tem um currículo invejável. Aldo tem uma visão desenvolvimentista, apoiada na defesa da democracia, na soberania nacional e na valorização do trabalho. A nossa compreensão é que pela sua capacidade ampla de articulação política, pelo seu conhecimento, ele vai exercer as suas funções com grande êxito”, afirmou Nivaldo Santana, dirigente da CTB.

José Aldo Rebelo Figueiredo é natural de Viçosa (AL), jornalista e escritor. Construiu sua carreira política por São Paulo. Foi presidente da Câmara dos Deputados, líder do governo e do PCdoB na Câmara, e ministro da Secretaria de Coordenação Política e Relações Institucionais do Governo, entre 2004 e 2005. Em 2009, foi relator da Comissão Especial do Código Florestal Brasileiro e da Lei de Biossegurança.

Fonte: Portal CTB/Daiana Lima, de Brasília

Sindimetal-Rio

Sindicato classista e de luta

Fundado em 1º de maio de 1917.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, fundado em 1º de maio de 1917, continua sendo o principal instrumento de luta e de atuação da categoria. Tem uma rica história em prol do Brasil, da democracia e em defesa dos trabalhadores. O Sindicato, consciente do seu papel, segue firme, buscando sempre a valorização do trabalhador e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a sociedade socialista.

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