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Metalúrgicos debatem desindustrialização brasileira

Participação da indústria na economia – que já foi de 33% – hoje chega somente a 16%. Seminário da Fitmetal discutirá alternativas para o desenvolvimento brasileiro.

A Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal) realiza, nos dias 6 e 7 de agosto, seu 2º Seminário de Industrialização – Produzir, Trabalhar, Crescer e Desenvolver o Brasil. O evento, que será realizado em Betim, Minas Gerais, reunirá lideranças sindicais, economistas, institutos de pesquisas, políticos e trabalhadores de todo o país.

O seminário vai discutir o processo de desindustrialização que o país enfrenta, analisando seus reflexos econômicos e sociais para o desenvolvimento do país. “Nos últimos 30 anos, ficamos fora da evolução da indústria global”, destaca Marcelino Rocha, presidente da Fitmetal. “Não temos competitividade nos setores de transformação tecnologia, sobretudo em inovações. Com isso, indústria brasileira ficou atrasada e, nesse sentido, tivemos, sim, uma desindustrialização. Nesse contexto de crise, é essencial propor alternativas e todas elas devem passar pelo fortalecimento industrial”.

A necessidade de discutir os rumos da indústria nacional se justifica. Nos anos 1980, o peso da indústria de transformação no PIB era de 33%, hoje é de apenas 16%. Além disso, nos últimos cinco anos o comércio exterior desse setor passou de um superávit para um déficit de 65 bilhões de dólares. Outro dado que revela esse processo inequívoco de desindustrialização é a relação de manufaturados nas exportações totais, que chegou a atingir 59%, mas atualmente está na casa dos 40%.

“A desindustrialização no Brasil é problemática e as autoridades ainda não tomaram consciência da gravidade desse fato”, analisa Marcelino. “Somente por meio de uma indústria forte conseguiremos garantir trabalho e desenvolvimento adequado para todos brasileiros e brasileiras”.

O que: 2º Seminário de Industrialização – Produzir, Trabalhar, Crescer e Desenvolver o Brasil

Onde: SESI-Betim, rua Bela Vista, 220 – Chácara, Betim, Minas Gerais.

Quando: Dias 6 e 7 de agosto.

Programação:

06 de agosto (quinta-feira)

15h – Mesa de abertura com representantes das diversas forças políticas de Minas Gerais, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

16h – Análise de Conjuntura. Com Aloisio Barroso (CTB) e representante do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

18h – Coquetel de comemoração dos 5 anos da Fitmetal.

07 de agosto (sexta-feira)

9h – Mesa 1: Desindustrialização: reflexos econômicos e sociais para o desenvolvimento do país. Com Wilson Cano, professor de economia da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Renildo Souza, professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

13h – Mesa 2: Alternativas e potencial de crescimento da indústria no Brasil. Com Jô Moraes, deputada federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e Vincent Furlan, analista de negócios da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG).

14h30 – Mesa 3: O papel da Ciência, Tecnologia e Inovação para a indústria no Brasil. Com Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência e Tecnologia.

16h30 – Considerações finais e consequências do debate.

Sindimetal-Rio

Sindicato classista e de luta

Fundado em 1º de maio de 1917.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, fundado em 1º de maio de 1917, continua sendo o principal instrumento de luta e de atuação da categoria. Tem uma rica história em prol do Brasil, da democracia e em defesa dos trabalhadores. O Sindicato, consciente do seu papel, segue firme, buscando sempre a valorização do trabalhador e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a sociedade socialista.

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