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Sindimetal-Rio recebe 9ª reunião da Direção Executiva da Fitmetal

Reunida no Rio de Janeiro, diretoria da Fitmetal aponta necessidade de combater a ala conservadora do Congresso Nacional, a mídia golpista, o empresariado retrógrado e os setores do governo que não se colocam ao lado da classe trabalhadora.

A Direção Executiva da Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), reunida na cidade do Rio de Janeiro nos dias 11 e 12 de maio, após realizar um amplo debate a respeito da atual conjuntura nacional e internacional, considera que:

– O atual momento delicado pelo qual passa o Brasil não pode ser visto de maneira isolada, mas sim a partir de uma perspectiva mais ampla, inserida num contexto internacional de crise do capitalismo.

– A partir da ascensão de uma nova ordem mundial, na qual o Brasil e os países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) exercem novo papel no mapa geopolítico, a ação imperialista dos Estados Unidos não pode ser ignorada em diversas nações. Na América do Sul, esse quadro é mais evidente na Argentina, na Venezuela e no Brasil.

– Nota-se, em especial, o avanço significativo de forças de uma direita com características golpistas nessas nações. No Brasil, assim como em parte da Europa, essa ofensiva vem se dando particularmente a partir da tentativa de atropelamento de diversos direitos históricos da classe trabalhadora.

– Desde as eleições de 2014, no Brasil a direita passou a ter o controle de um instrumento fundamental para exercer sua pauta de redução de direitos. Com a eleição do Congresso Nacional mais conservador desde a redemocratização, a classe trabalhadora viu sua representação se reduzir de maneira drástica, tornando mais difícil neste momento, lutar pela ampliação de direitos.

– A aprovação do PL 4330, que versa a respeito do “escancaramento” da terceirização, tornou-se símbolo dessa disputa na qual o Brasil se encontra atualmente. Com o apoio de Eduardo Cunha, presidente da Câmara, aliado íntimo do empresariado nacional, a classe trabalhadora se vê diante de um grande desafio: preparar uma contra-ofensiva para impedir que esse retrocesso histórico seja aprovado no Senado, onde será analisado como PLC 30.

– A permissão para que as empresas terceirizem seus trabalhadores sem qualquer tipo de controle significará o maior golpe aos direitos trabalhistas desde a criação da CLT, em 1943. É urgente, portanto, que o movimento sindical se coloque na linha de frente dessa contra-ofensiva, conscientizado a sociedade e organizando sua militância para sair às ruas contra qualquer tentativa de precarização do trabalho.

– Nesse contexto, a Fitmetal entende que é preciso reforçar o papel estratégico da Petrobras e de sua política de Conteúdo Local, como elemento fundamental para a soberania e o desenvolvimento do país, bem como de sua engenharia.

– Assim, o Dia Nacional de Lutas, agendado para todo o Brasil, no dia 29 de maio, ganha uma proporção ainda maior para o sindicalismo classista. É preciso impor uma derrota imperiosa à ala conservadora do Congresso Nacional, à mídia golpista, ao empresariado retrógrado e aos setores do governo que não se colocam ao lado da classe trabalhadora. É papel de cada sindicato contribuir para que esse grande ato se transforme em um ato histórico e é por isso que nós, metalúrgicos e as metalúrgicas de todo o Brasil, conscientes de nossa importância para o desenvolvimento do país, mais uma vez estaremos à frente dessa batalha, de prontidão para defender os interesses do povo brasileiro.

Rio de Janeiro, 11 e 12 de maio de 2015.
Direção Executiva Ampliada da Fitmetal

Sindimetal-Rio

Sindicato classista e de luta

Fundado em 1º de maio de 1917.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, fundado em 1º de maio de 1917, continua sendo o principal instrumento de luta e de atuação da categoria. Tem uma rica história em prol do Brasil, da democracia e em defesa dos trabalhadores. O Sindicato, consciente do seu papel, segue firme, buscando sempre a valorização do trabalhador e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a sociedade socialista.

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