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Trabalhadores da indústria saem fortalecidos de plenária histórica com FITMETAL e CTB

Plenária Nacional dos Trabalhadores da Indústria, organizada pela campanha “Brasil Metalúrgico”, reúne cerca de 1.500 lideranças nesta sexta-feira (29/09) em São Paulo (SP). Trabalhadores marcam para 10 de novembro protestos contra a nova lei trabalhista.

Metalúrgicos de todo o Brasil participaram nesta sexta-feira (29/9) da Plenária Nacional dos Trabalhadores da Indústria, no CMTC Clube, em São Paulo (SP). Organizados pela campanha “Brasil Metalúrgico”, que reúne federações e confederações de operários ligadas às centrais sindicais, os trabalhadores ganharam o apoio de diversas categorias que prestigiaram a plenária e debateram alternativas para a retomada do desenvolvimento, além de estratégias para barrar a retirada de direitos sociais e trabalhistas.

Marcelino da Rocha, presidente da Fitmetal, pediu para que todos erguessem seus punhos em homenagem aos cem anos da Revolução Russa, comemorada em outubro, e falou sobre a importância da unidade do movimento sindical contra o avanço reacionário que acontece no Brasil.

“Vamos homenagear aqueles que enfrentaram o capital em 1917 e demonstrar para os gananciosos deste país que nós estamos aqui de punho cerrado, pedindo a recuperação dos empregos que foram roubados do povo brasileiro. Vamos mostrar que a classe trabalhadora é unida, é única, e não vai aceitar que governo, judiciário, patrões e parasitas deste país continuem nos roubando”, disse.

Ao final de sua fala, Marcelino convocou os trabalhadores para que participem em 10 de novembro – véspera do início do vigor da nova lei trabalhista – do Dia Nacional de Protesto em Defesa dos Nossos Direitos. As manifestações ocorrerão em todo o País contra a retirada de direitos, em especial dos direitos trabalhistas.

Para representar os trabalhadores da indústria naval na plenária, o companheiro Manuel Monteiro, do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, filiado à Fitmetal, falou sobre o desmonte do setor promovido pelo atual governo. “A indústria naval nacional já foi a segunda maior do mundo, só perdendo para o Japão. Hoje, com a maldade desse governo golpista, criou-se um leque de quebradeira na indústria que tem feito com que o setor naval viesse à deriva. O que tínhamos até 2015 eram 82 mil empregos diretos na indústria naval e que hoje são cerca de 30 mil por causa desse plano covarde de desinvestimento que fazem na Petrobras”, criticou Manuel, que também alertou sobre a entrega do pré-sal aos interesses estrangeiros.

O secretário de Previdência e Aposentados da Fitmetal, Uriel Vilas-Boas, apontou como a categoria dos aposentados deve atuar neste cenário de ameaças aos direitos historicamente conquistados. “Os aposentados devem incentivar os seus sindicatos por meio do pessoal da ativa. Podemos agir e temos que trabalhar em conjunto. Precisamos atuar enquanto aposentados no conjunto, sem divergências, pois a nossa experiência, o nosso conhecimento, pode incentivar os trabalhadores da ativa e fortalecer as nossas entidades de classe”, comentou Uriel ao lembrar que a ‘reforma’ da Previdência pode ser votada a qualquer momento.

Representado a CTB, Ronaldo Leite, secretário de Formação e Cultura da central, saudou os presentes em nome do presidente cetebista, Adilson Araújo, e indicou a retomada da indústria como a alavanca necessária para a criação de novas vagas de emprego. “O nosso país vive um forte processo de desindustrialização agravado pelo golpe de 2016. [O golpe] foi mais que um atentado contra a democracia, foi um atentado ao direito dos trabalhadores com um conjunto de contrarreformas e com uma escalada gigantesca do desemprego. A CTB entende que a defesa da indústria nacional é que pode construir a retomada do desenvolvimento. É nesse sentido que apostamos na unidade das centrais sindicais e na mobilização nas ruas para barrar essas contrarreformas e construir um grande movimento em torno da retomada da indústria nacional, do conteúdo local e voltar a gerar empregos”, explicou Ronaldo.

No final do ato, os trabalhadores aprovaram um documento unitário e caminharam em passeata até a Marginal do Tietê.

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Sindimetal-Rio

Sindicato classista e de luta

Fundado em 1º de maio de 1917.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, fundado em 1º de maio de 1917, continua sendo o principal instrumento de luta e de atuação da categoria. Tem uma rica história em prol do Brasil, da democracia e em defesa dos trabalhadores. O Sindicato, consciente do seu papel, segue firme, buscando sempre a valorização do trabalhador e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a sociedade socialista.

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