Eisa fecha, trabalhadores fazem manifestação e ocupam aeroporto do Galeão
Os trabalhadores do Eisa, na Ilha do Governador, fizeram nesta segunda-feira (14) uma grande manifestação nas ruas do bairro. Confirmando as informações do fim de semana, o Eisa amanheceu hoje com as entradas lacradas. Não houve sequer os ônibus que levam os funcionários para a empresa. Na porta, apenas uma carta alegando dificuldades econômicas para o fechamento.
Com isso, cerca de três mil trabalhadores perdem seus empregos. Recentemente, 700 funcionários já haviam sido demitidos.
O descaso gerou grande revolta com os trabalhadores, que estão com o pagamento atrasado e com apenas uma parte do décimo terceiro pago. A empresa sequer pagou os reajustes atrasados da campanha salarial.
Após a assembleia na porta da empresa, os trabalhadores saíram em passeata, percorrendo vários quilômetros, do Eisa até o aeroporto internacional do Galeão. Lá eles ocuparam o guichê da Avianca, empresa pertencente ao mesmo dono do estaleiro.
Segundo o presidente do Sindimetal-Rio, Jesus Cardoso, o Eisa precisa inicialmente pagar todos os direitos dos trabalhadores, incluindo as rescisões. “Ao mesmo tempo, vamos buscar alternativas para que o estaleiro reabra o mais rápido possível”, declarou.
Na parte da tarde, a direção do Sindicato teve uma reunião com a empresa, que prometeu pagar o que é devido assim que novos recursos entrarem. O Eisa disse ainda que aguarda novas encomendas para retomar a atividade.
O Sindimetal-Rio realizará novos protestos e ações para garantir os direitos dos trabalhadores. Ao mesmo tempo, buscará formas de que o estaleiro não feche definitivamente.