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Marcha das Mulheres Negras: Pelo Bem Viver!

*Mônica Custódio

A Marcha Nacional de Mulheres Negras, que ocorrerá em novembro-DF, foi idealizada em Salvador, Bahia, no Encontro Paralelo da Sociedade Civil para o Afro XXI: Encontro Ibero Americano do Ano dos Afrodescendentes e tem por objetivo marcar a luta pelo respeito, visibilidade e dignidade das Mulheres Negras. As Mulheres Negras marcharão por um Brasil com soberania, com desenvolvimento social e econômico, sem racismo, discriminação, lesbofobia machismo e intolerância religiosa.

Marcharemos também contra a violência urbana que tem se traduzido em um grande genocídio para a população jovem e negra deste País. Entendendo esta como uma das maiores formas de violência contra a mulher: a violência contra seus filhos. A Violência Urbana tem sido um dos temas mais abordados nos fóruns internacionais de direitos humanos, a exemplo da anistia internacional, que constata que as mortes nos estados brasileiros em sua maioria são ocasionadas pelas mãos da Polícia, do Estado. É a ação do racismo institucional, do genocídio institucionalizado e banalizado por pela mídia, pela direita elitista de ideologia branca que comanda o Congresso Nacional e vota a Redução da Maioridade Penal.

Marchamos contra a cultura da violência, do apartheid racial e social que vem cristalizando nas grandes cidades por estas mesmas elites de ideologia branca, que tem crescido entre a juventude de classe média alta, e contra a banalização da vida de nossos jovens. Pelo fim dos autos de resistência, que vitimam nossos filhos em quase todas as regiões de nosso país, com grande incidência e nitidez nas grandes metrópoles como SP e RJ, e com um índice maior de vítimas na região norte/nordeste.

Marcharemos pelas nossas bandeiras essenciais e pela manutenção de nossas vitórias históricas, como o Projeto de Lei 4.471 (que prevê a adoção de mais transparência na investigação dos chamados autos de resistência). Em defesa da CPI da violência contra a população jovem, negra e pobre; das cinco emendas constitucionais que tratam desde a elaboração de um plano nacional de enfrentamento ao homicídio de jovens até a desmilitarização das polícias.

Nós Mulheres trabalhadoras marcharemos, por um Brasil com soberania, desenvolvimento social e econômico, porque segundo dados do IBGE, nos últimos 12 anos, a partir dos governos Lula e Dilma, as mulheres trabalhadoras de maioria negra cresceram no mercado de trabalho formal, tendo acesso, inclusão e vitórias importantes no âmbito dos direitos sociais, históricos e econômicos, a exemplo da vitória histórica das trabalhadoras domésticas com a regulamentação dos seus direitos. Ainda assim, sofremos hoje ataques substanciais desse Congresso de maioria branca elitista e entreguista, aos direitos trabalhistas e sociais. Por isso nossas bandeiras são:

Pelo Bem Viver!

Nenhum Direito a Menos! Salário Igual para Trabalho de Igual Valor (convenção 100 da OIT)!

Pelo Fim dos Autos de Resistência! Vida longa à Juventude Negra!!

*Mônica Custódio é Secretária Nacional de Promoção à Igualdade Racial da CTB e diretora do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro

Sindimetal-Rio

Sindicato classista e de luta

Fundado em 1º de maio de 1917.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro, fundado em 1º de maio de 1917, continua sendo o principal instrumento de luta e de atuação da categoria. Tem uma rica história em prol do Brasil, da democracia e em defesa dos trabalhadores. O Sindicato, consciente do seu papel, segue firme, buscando sempre a valorização do trabalhador e a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, a sociedade socialista.

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